domingo, 26 de junho de 2011

Arraial do CPER

Venha participar da festa julina mais divertida da cidade:
Arraial do CPER
dia 1 de julho de 2011
Horário: 15hs
Local: Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro/AM

domingo, 22 de maio de 2011

Dia da luta antimanicomial para lembrar o que falta

Manifestações  em toda a cidade marcaram dia  da luta antimanicomial, estiveram envolvidos usuários do serviço, familiares, profissionais da saúde, políticos e comunidade acadêmica.







Mas ainda há muito para fazer...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dia da luta antimanicomial

                                                                 Programação
O Movimento Baré fará vários eventos para comemorar o dia 18 de maio, dia da luta antimanicomial, em várias partes da cidade:



Dia 13 de maio as 16hs, exibição do filme O Bicho de sete cabeças no ICHL UFAM.


Dia 16 de maio as 18hs- Debate sobre a reforma psiquiátrica no Amazonas na FAMETRO.


                                                         Dia 18 de maio:

9hs- Audiência pública na Câmara dos Vereadores sobre o tema Saúde mental.


11hs- Almoço coletivo com paciente residentes no Centro psiquiátrico Eduardo Ribeiro (C.P.E.R)- Convidados


13:00hs- Exibição do filme: O Bicho de sete cabeças no C. P.E. R.


14:30hs- Mesa redonda: Reforma psiquiátrica no Amazonas- a visão dos atores sociais


17h- Lançamento do Informativo Ecos da Loucura (Coordenado pela profa. Ermelinda Salem).


18hs- Inauguração de espaço em saúde mental- ISAT. Rua Plácido de castro ,53. D. Pedro


18h- Luau Loucura no Bosque na entrada do Campus da UFAM

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não há silêncio que não termine

                                                                     Movimento Baré:
                                                                  em prol da saúde mental

Tomo emprestado  a frase título do livro de Ingrid Bentencourt, que ficou 7 anos seqüestrada pela FARC, Não há silêncio que não termine. Essa frase representa a reinvindicação que hoje fazemos em nome da reforma psiquiátrica no Amazonas


A reforma psiquiátrica em todo Brasil aconteceu por movimentos sociais e de trabalhadores, no Amazonas não foi diferente. Desde a década 80 do século XX, observamos vários movimentos iniciarem e se esvaziarem: diante do lento processo das decisões de gestores públicos, dos interesses escusos de alguns, da ignorância sobre o conhecimento em saúde mental, diante do preconceito, e por fim, como em toda sociedade, a necessidade de ter sempre o seu grupo de excluídos, para ali depositarem seus medos e seus fantasmas.

O momento que vivemos hoje não é muito diferente dos anteriores com a exceção de que nós temos leis que apóiam a reforma psiquiátrica como a Lei 10.216 de Paulo Delgado, de 2001. Entretanto, na urgência de fazer as coisas acontecerem ou não acontecerem, observamos distorções de interpretação na lei. Por isso estamos hoje aqui para que a Lei 10.216 possa ser seguida de acordo como foi elaborada no sentido de se fazer realmente uma REFORMA PSIQUIÁTRICA.

Queremos a substituição de MODELOS de serviços e não simplesmente as trocas de nomes de serviços ou prédios! Os CAPs precisam ser novos modelos de atendimento em saúde mental e isso só acontece se a equipe tiver capacitação técnica e acompanhamento constante de supervisão. Do contrário, corre o risco de se tornar CAPSCÔMIO.

Queremos que os serviços em saúde mental respeitem, acima de tudo, o usuário, que precisa ser escutado e participar de todo processo de seu tratamento. A cura, em saúde mental, não pode ser medida pela remissão total de sintomas e só pode iniciar com a retomada do exercício da cidadania!

Queremos que os portadores de transtornos mentais que vivem em regime asilar no CPER possam ser escutados e decidir onde querem morar. São pessoas que vivem no espaço do CPER há mais de 25 anos, muitos reconhecem ali sua casa. Posso afirmar senhores, que eles não foram sequer ouvidos... Por quê? Essa postura será o velho modelo com nova roupagem e as mesmas rotinas?

O servidor público que trabalha na área de saúde mental está adoecendo, é ele quem responde diante dos usuários pela lentidão das decisões dos gestores. Silencia com o medo das retaliações vindas até daqueles que deveriam ser seus pares.

Há 18 anos, trabalho na área de saúde mental, lotada no CPER, e venho presenciando esta triste realidade em nosso estado, e junto com as Ongs ISAT e Leseira Baré e movimento estudantil Autonomia Libertária...fundamos o movimento Baré em prol da Saúde Mental vem hoje aqui, na frente de todos, dizer que o silêncio chegou ao fim...

Por Rosangela Aufiero

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saúde mental e trabalho

Associação amazonense em saúde mental Leseira Baré promove o curso: Introdução aos conceitos da Psicodinâmica do Trabalho, na visão Dejouriana. Objetivo:
Divulgar a contribuição da psicodinâmica do trabalho para a compreensão sobre o mundo laboral dos processos psicossociais dentro das organizações, no qual se entrelaçam a objetividade e subjetivade ao mesmo tempo.

Temas:
Psicopatologia do Trabalho; a relação homem-trabalho: carga psíquica positiva e negativa, carga de trabalho,carga psíquica e organização do trabalho, o sofrimento.
Exemplos clínicos: a experiência com motoristas de ônibus em Manaus.

Ministrado por :
Ângela Maria Burga de Moura CRP: 01/12.168
Professora de pós-graduação de Segurança pública/Psicologia da Educação.

Data:
07/05/2011

Horário:
15hs-18hs

Local:
Casarão de idéias . Rua Monsenhor Coutinho (entre o Rio Negro clube e o Colégio militar)

Investimento:
R$ 60,00- estudante
R$ 80.00- profissional

Inscrições e Informações:
rosangela_aufiero@yhaoo.com.br


Material didático gratuito.
Será fornecido certificado.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Movimento baré

Movimento

Baré

em prol da Saúde Mental.



Já imaginou se você tivesse um surto psicótico e vivesse em uma cidade onde a maioria das instituições públicas, destinadas a te ajudar, encontra-se mal-estruturada e sucateada? Quase que abandonadas ao acaso? Ou ainda, tivesse um familiar com sofrimento psíquico, necessitado de acompanhamento, e que, para obtê-lo, você tivesse que entrar numa fila ainda na madrugada para poder conseguir a ficha, que lhe agendará para daqui a, no mínimo, três meses? Essa é a realidade vivenciada por 12% da população Manauara.

O modelo atual de atendimento na área de saúde mental do nosso município encontra-se desarticulado, sobrecarregado e ainda é baseado no modelo manicomial. Este último, indo de encontro ao modelo vigente hoje no país, não atende às demandas do público enfocado e nem oferece preparo adequado às pessoas prestadoras do serviço.

Manaus é a última capital brasileira a se mobilizar na direção do cumprimento da Lei 10216, a Lei da Reforma Psiquiátrica, instaurada em 2001. Esta lei preconiza a criação de uma rede de assistência básica em saúde mental através da implantação de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), residências terapêuticas (destinadas a ex-moradores de instituições psiquiátricas) e atendimentos de emergências em hospitais gerais, além de outras articulações com o sistema público de saúde. Para se ter uma idéia, o Estado do Amazonas conta com nove CAPS, quando seriam necessários, no mínimo, oito CAPS somente na capital.

A Saúde Mental é uma questão social que envolve a TODOS enquanto cidadãos, pois, está presente e influencia diretamente todas as áreas da vida – no trabalho, na educação, na vida em família e em sociedade. Cientes da situação atual da Saúde Mental no Estado do Amazonas e da importância da implantação da Lei da Reforma Psiquiátrica adequadamente, as ONGs Instituto Silvério de Almeida Tundis e Lezeira Baré se uniram para dar origem ao Movimento Baré em Prol da Saúde Mental.

Assim, convidamos você a um diálogo com um usuário do sistema de Saúde Mental e militante pró-reforma para conhecer melhor a temática. Desta maneira, esperamos que você se sinta sensibilizado a lutar conosco por melhores condições na área da Saúde Mental. Contamos com sua participação!

Participe da audiência pública para saúde mental !
Onde: Assembléia Legislativa do Estado
Quando: 18 de Abril de 2011
Horário: 9:00hs





entrevista com o líder do Projeto Tam Tam

Renato di Renzo no programa Provocações (assista aos 3 blocos)

Formado em Arte e Pedagogia pela FAAP, Renato Di Renzo foi convidado para trabalhar com teatro e arte na Casa de Saúde Anchieta, hospital psiquiátrico que sofreu intervenção municipal em 1989, por denúncias de maus tratos e morte de internos. Foi nesse momento que surgiu o Projeto Tam Tam, que mais tarde viria a se tornar referência da luta antimanicomial no mundo inteiro. Veja mais detalhes no http://www.projetosterapeuticos.com.br/

quinta-feira, 31 de março de 2011

A voz de Joana

Assunto: Falar sobre a nossa terapia de teatro e de canto, um pouco...


Por Joana D`arc

Vou falar um pouco

Sobre a nossa terapia

É assim, começamos há um ano atrás, começamos fazendo exercício de voz, com os lábios e a língua, também exercício corpora; com os braços, pernas e cadeiras e pés.

A nossa equipe é composta por: atriz Koia Refkalefsky, e a cantora de teatro lírica Raquel Brasil, o locutor e o capoerista Walter Frota, e a estagiária Regina e a artista plástica Monique. O s que se apresentam no show: Eu, Joana D`arc, Raimundo Alexandre e o professor Ricardo, a Sódia e a Viviane, conhecida como Vivi, também tem um rapaz que faz também a terapia que é o Denioso.

Eu melhorei bastante, há muita diferença pra Joana D`arc hoje, pra Joana do passado.

Eu melhorei bastante pois que brei certos tabus, pois sou de uma igreja evangélica.

Escuto Elvis Presley, tenho filme dele, centenas de canções e ele cantando gospel, gostei muito da música dele Love-me tender e a música gospel Paz no vale.

Tenho um amigo chamado Jesus Cristo em quem creio de todo o coração e sirvo a ele.

Na minha trajetória para vencer a depressão eu escuto Elvis, e Hinos, rádio comum, vejo desenhos , vejo filme do Daniel Boony e outros filmes.

Nosso grupo já cantou em várias universidades.

Cantamos na Fametro, Uninorte, cantamos também na UFAM e no Estúdio 5 (semana global de empreendedorismo). Também tem as meninas da lanchonete que nos acompanha sempre. Também leio a Bíblia, danço, para lutar contra a depressão, e tenho vencido e sei que vencerei.

Estamos nos preparando para um novo espetáculos , dos loucos em cena com marchinas de carnaval, com as músicas Bandeira branca, Ho abre alas, e Se a canoa não virar.

Estamos fazendo diferença, estamos unidos, temos nos dias de espetáculo nós almoçamos juntos em almoço light.

Já fizemos curso de fotografia com o Walter e um amigo dele, foi ótimo.

sábado, 12 de março de 2011

O que Tiago de Melo pensa sobre a Reforma Psiquiátrica



Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony



Artigo I

Fica decretado que agora vale a verdade.

agora vale a vida,

e de mãos dadas,

marcharemos todos pela vida verdadeira.



Artigo II

Fica decretado que todos os dias da semana,

inclusive as terças-feiras mais cinzentas,

têm direito a converter-se em manhãs de domingo.



Artigo III

Fica decretado que, a partir deste instante,

haverá girassóis em todas as janelas,

que os girassóis terão direito

a abrir-se dentro da sombra;

e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,

abertas para o verde onde cresce a esperança.



Artigo IV

Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais

duvidar do homem.

Que o homem confiará no homem

como a palmeira confia no vento,

como o vento confia no ar,

como o ar confia no campo azul do céu.



Parágrafo único:

O homem, confiará no homem

como um menino confia em outro menino.



Artigo V

Fica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.



Artigo VI

Fica estabelecida, durante dez séculos,

a prática sonhada pelo profeta Isaías,

e o lobo e o cordeiro pastarão juntos

e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.



Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido

o reinado permanente da justiça e da claridade,

e a alegria será uma bandeira generosa

para sempre desfraldada na alma do povo.



Artigo VIII

Fica decretado que a maior dor

sempre foi e será sempre

não poder dar-se amor a quem se ama

e saber que é a água

que dá à planta o milagre da flor.



Artigo IX

Fica permitido que o pão de cada dia

tenha no homem o sinal de seu suor.

Mas que sobretudo tenha

sempre o quente sabor da ternura.



Artigo X

Fica permitido a qualquer pessoa,

qualquer hora da vida,

uso do traje branco.



Artigo XI

Fica decretado, por definição,

que o homem é um animal que ama

e que por isso é belo,

muito mais belo que a estrela da manhã.



Artigo XII

Decreta-se que nada será obrigado

nem proibido,

tudo será permitido,

inclusive brincar com os rinocerontes

e caminhar pelas tardes

com uma imensa begônia na lapela.



Parágrafo único:

Só uma coisa fica proibida:

amar sem amor.



Artigo XIII

Fica decretado que o dinheiro

não poderá nunca mais comprar

o sol das manhãs vindouras.

Expulso do grande baú do medo,

o dinheiro se transformará em uma espada fraternal

para defender o direito de cantar

e a festa do dia que chegou.



Artigo Final.

Fica proibido o uso da palavra liberdade,

a qual será suprimida dos dicionários

e do pântano enganoso das bocas.

A partir deste instante

a liberdade será algo vivo e transparente

como um fogo ou um rio,

e a sua morada será sempre

o coração do homem.





Santiago do Chile, abril de 1964





Pelo fim do modelo manicomial e por um tratamento mais dignos para as pessoas em sofrimento psíquico


quinta-feira, 3 de março de 2011

Associação em Saúde Mental Leseira Baré inicia atividade no CPER


Dia 25 de fevereiro   a Associação  Leseira Baré promoveu palestra aberta ao público sobre Dispositivos clínicos no tratamento de pessoas em sofrimento psíquico, com o prof. Johh Elton Santos. O material doado durante o evento contribuiu para a fundação da oficina de artes no CPER.

domingo, 14 de novembro de 2010

Semana Global de Empreendedorismo



Visite o stand de exposição dias 17 e 18 de novembro das 16h as 22h. E apresentações, no Studio 5, veja abaixo:

Dia 18 de novembro as 18:30h- GRUPO LOUCOZENCENA- Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro


ÀS 19:00h- ASS. LESEIRA BARE- Palestra: IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DE OFICINAS GERADORAS DE RENDA


Local : sala 02

Parceiros na IV manhã em saúde mental

A Associação amazonense em Saúde mental e o Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro contou com o apoio do ISAT, FAMETRO, Rede de Psicanálise do Amazonas (RPA), ARDAM, CAPS zona Norte, CEREST. E dos seguintes profissionais: Deputado Luiz Castro,Angela Burga, Ermelinda Salem, Waieser Bastos, Gibson Alves dos Santos, Erondina Algerich, Sabrina Bastos, Ketleen Sahdo. Os estudantes de Psicologia que apresentaram seus trabalhos: Juliana Rezende, Regina Célia, Vitoria Ribeiro, Absalão Galvão . Os estudantes de Psicologia que participaram na organização: Nilo da Silva, Raul, Marilise, Patricia Marques, Roosevelt, Nathalie, Marlucia,  Luzineide, Maria, Guendoline. A coordenação do evento contou com a participação do Psicólogo John Elton Santos. A todos o nosso muito obrigado! 

LoucoZencena é destaque na IV manhã em saúde mental





O dinheiro arrecadado no evento que ocorreu no dia 6 de novembro de 2010 será investido no grupo que inicia o processo de autosustentabilidade.

sábado, 11 de setembro de 2010

Minha experiência com o grupo da Lanchonete Solidári@ção entre Amigas do C.P.E.R

O grupo está nesta atividade desde março de 2009, no empreendedorismo de Economia Solidária. Acompanho o grupo desde abril de 2010, achei fascinante em tão pouco tempo ganhar a confiança delas e acredito ser um fator muito importante para essa interação. Gostei tanto da experiência de estágio que hoje participo como voluntária.

Acompanhei o grupo em três atividades extra muro: A primeira ocorreu no auditório Zerbini da UEA, no qual venderam pizza; a venda não foi conforme o esperado, e no final do dia uma componente do grupo, entrou em crise, procuramos trabalhar o conteúdo conflitante com ela no local. A segunda foi a venda de kikão em festa junina no SESC, embora a venda tenha sido ótima, no início do trabalho houve conflito, por não conseguir manter a divisão das tarefas, o que culminou na desistência de uma das participantes . A terceira foi num clube particular a SBS – SESAU, localizado na BR – 174 / KM - 13, 5, com a venda de pizza e din-din, o trabalho transcorreu de forma tranqüila, a venda foi muito boa, não teve nenhum conflito, souberam trabalhar em equipe, conseguindo conciliar trabalho e lazer.

Recentemente eu as acompanhei no curso Sabor e Gestão do SEBRAE no período de uma semana. O primeiro dia foi tenso: duas participantes do grupo não almoçaram, estavam ansiosas com o curso e por volta das 15h uma passou mal, estava com tonteira e fraqueza, conversei com ela e disse que ficaria até o final da aula e quando essa hora chegou ela saiu tão rápido que nem a vi, quando me aproximei da parada ela estava na parada errada e meio desorientada quanto ao espaço, então fui até ela e disse que ali não passava o ônibus que a levaria para casa e teve certa resistência em ir para a parada certa, dizendo que não conseguia andar, sendo que estava em pé, eu disse que a acompanhava, então disse que tinha medo de atravessar a rua, eu disse que atravessaríamos na faixa de pedestre e como poderia ter medo se para chegar na parada que estava tinha atravessado fora da faixa e correndo, então peguei na mão dela e disse que a levaria para a parada certa e fiquei com ela até o ônibus passar e conduzi-la ao veículo, após fazer isso tinha outra do grupo que não estava conseguindo pegar o ônibus também, perguntei para onde ela iria e indiquei o ônibus certo para ela, no dia seguinte liguei cedo para elas perguntei como estavam e disse para não faltarem o curso e para não deixarem de almoçar.

O que achei interessante é que todas nós, a partir do segundo dia, levamos um pacote de bolacha ou algum salgadinho, para que todas pudessem fazer um lanche coletivo e breve, ninguém do grupo passou mal. Durante as aulas o grupo mostrou-se bastante participativo, seja para adquirir conhecimento ou trocar experiências. A turma era composta por aproximadamente 30 alunos de diversas áreas, os facilitadores do curso influenciaram muito para esse dinamismo acontecer, as aulas eram bastante interativas possibilitando que todo o grupo se conhecesse.

Hoje, conhecendo-as melhor, percebo que estão muito avançadas nesse trabalho/terapia, pois tomam decisões para a melhoria do grupo. Oriento-as no planejamento do trabalho, ensino informática (Windows – para que possam entender algumas funções do computador; Digitação – Ganhamos recentemente um programa para digitação, pois antes era feito de forma adaptada; Word – na elaboração de texto e formatação; Excel – para que possam fazer as listas do supermercado e tenham um controle dos gastos, o que é facilitado com as formulas que o programa fornece; Power Point – caso aconteça de elas tiverem o interesse de fazer alguma apresentação vão saber manusear; Internet - fazem pesquisa de texto, imagens entre outros e recentemente algumas delas criaram e-mail o que facilitará em mais uma forma de contato , além de tudo trocamos experiências, não sou só eu que as ensino, elas tem me ensinado muito.

Por Juliana Resende, estudante de Psicologia, em estágio voluntário.

terça-feira, 7 de setembro de 2010